09 de gener 2010

Article publicat al Brasil

El diari brasileny Folha da manhâ (Passos / MG) ha publicat avui aquest article, escrit per un dels membres de Reagrupament de Pineda.


Catalunha : indepedência e autonomia


A cultura catalã faz parte daquelas culturas latinas que nasceram com a queda do Imperio Romano do Ocidente. Os primeiros textos em catalão são contemporâneos a outros escritos em linguas romanicas, como o português. Desde então, a literatura catalâ não deixou de produzir obras de qualidade e se difundir mundo afora.


Recentemente, somente a título exemplificativo, a obra “ La placa del diamant “, de Mercé Rodoreda, uma novela narrativa catalâ, ambientada na Guerra Civil Espanhola, foi considerada o livro do ano na Itália pelos ouvintes telespectadores da RAI Tre – Radio e televisione italiana.

A difusão da cultura catalâ no mundo se refletiu em outros âmbitos : no terreno artistico podemos destacar nomes como Joan Miró, Salvador Dalí e Antônio Gaudí ; no âmbito da música erudita e “operística”, quantas vezes escutamos a voz de Montserrat Caballé ou Josep Carreras.

No esporte todos pensaremos facilmente no “ Barça”, clube de futebol da cidade de Barcelona, que se tornou algo mais que uma simples agremiação esportiva. Na época da ditadura do general Franco na Espanha, o clube se tornou um simbolo de expressão da indentidade catalã . As manifestações de rua de seus torcedores, a cada campeonato conquistado, também tinha um viés político oposicionista ao governo do caudilho. Equipe pela qual passaram vários jugadores brasileiros do quilate de Romário, Ronaldo Fenômeno, Rivaldo e Ronaldinho Gaucho, atualmente Daniel Alves, dentre tantos outros.

Catalunha, uma região no sudeste da España, com aproxidamente 7,5 milhões de habitantes, com extensão de 32.000km2, abarca quatro provincias, tendo como capital principal, a cidade de Barcelona. Por vicissitudes históricas, esteve unida durante séculos com Castela, uma histórica região espanhola. Ao longo de todos esses séculos, a convivência foi difícil, sendo que em 1640 eclodiu uma revolução separatista que esteve a ponto de triunfar ( o que ocorreu em Portugal, que vivia fenômeno igual, separando-se definitvamente da Espanha, ao qual pertencia ). No século seguinte, a Guerra da Sucessão Espanhola, ocasionou em 1714 a abolição das leis próprias da região de Catalunha, submetendo-se este território ao de Castela. No século XX, a ditadura franquista, se propôs a eliminar a Catalunha de vez do mapa, adotando medidas como : a proibição da lingua própria dos catalões, a perseguição e exilío de vários intelectuais e incentivando a imigração em massa de pessoas de outras regiões rumo a catalunha, com o nitido propósito de diluir a “indentidade singular catalã “.

Atualmente, não obstante sua força econômica, a região da Catalunha segue sendo discriminada pela politíca de Madrid. O deficit fiscal com a Espanha é da ordem de 20 bilhões de euros anuais, quantia com a qual se poderia promover por exemplo novos jogos olimpicos a cada ano. Os ataques e humilhações impostos a Catalunha ( conhecidos como “catalanofobia” ) são uma constante na imprensa, radio e televisões espanholas, especialmente as mais conservadoras. As propostas que ecoam da Catalunha, no sentido de um maior engajamento de suas aspirações politicas culturais em contexto nacional, são sistematicamente rechaçadas. A ultima tentativa foi o “Estatut “ ( Estatuto ), um sistema de leis de “ “máximo rango” , pelas quais tenta-se estabelecer normas de convivencia razoáveis com o resto do territorio espanhol. Tal lei, aprovada em referéndum pela população da Cataluña, está a ponto de ser invalidada pelo Tribunal Constitucional da Espanha, que não admite que a Cataluña se declare “ nação “, que não se mostra disposto a reconhecer o catalão também como lingua oficial na região, enfim que Cataluña não mantenha competências que são básicas para sua subsistencia no futuro.

Frente a esta situação, uma grande parte da população catalã esta convencida de que a única saída digna é a independencia. Mas a solução não é fácil assim, porque a Espanha, apesar de ter firmado a Carta das Nações Unidas, que reconhece o direito de autodeterminação dos povos, não permite aos catalões organizar um referendum oficial para decidir seu próprio futuro.

Por isso, em 13 de dezembro último, foram feitos em dezenas de populações catalãs, referenduns não oficiais, organizados de forma popular, perguntando a respeito desta questão. Em quase todos eles, a porcentagem de “sim” a independencia não foi abaixo de 90%. Estes referenduns não vinculantes nem oficiales se repetirão em outras populações nos dias 28 de fevereiro e 25 de abril deste ano. Tais atos, tem, entre muitos outros, o apoio do presidente do clube Barcelona de futebol, Joan Laporta, para quem os referenduns são “ uma amostra de como uma nação que estava morrendo é capaz de reagir”.

È incerto falar do futuro da Cataluña, mas não seria demais pensar que, juntamente com a Escócia, seja um dos próximos países que surgirão na Europa Ocidental. Sendo assim, o reconhecimento do novo estado por parte do Brasil será uma grande noticía para os catalães e uma mostra da solidariedade entre os povos.

1 comentari:

  1. Muy bueno, interessante y esclarecedor lo article hecho por mi amigo Marti Duran y publicado aca en Brasil por lo períodico de mi ciudad...Saludos y êxitos a todos de Cataluña....Leder Vianney BAtista.

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